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A transição para a área de tecnologia tem se tornado uma alternativa cada vez mais buscada por profissionais de diferentes setores. De marceneiros a auxiliares administrativos, a migração ocorre por meio de três etapas essenciais: aprendizado estruturado, construção de portfólio e inserção no mercado. É esse o cenário observado por Sandro Maia e Danilo Santos, dois brasileiros que criaram em Braga, Norte de Portugal, a Squad Academy, startup voltada para orientar quem deseja mudar os rumos da carreira profissional.
Sandro é carioca, radicado em Braga, Danilo é baiano, residente no Porto, e a edtech (solução tecnológica com o objetivo de inovar e potencializar o ensino, o aprendizado e a gestão educacional) por eles concebida vai além da formação técnica: envolve um acompanhamento próximo, centrado nas necessidades dos alunos, segundo Maia. Os sócios têm experiência em tecnologia, plataformas digitais e formação de talentos.
A turma de alunos, que inicia o curso no primeiro trimestre de 2026, é formada por mentorados de Sandro, Danilo e outros três especialistas em tecnologia. Os alunos estão em países como Brasil, Portugal, Luxemburgo, Holanda e Inglaterra. Três dos mentores estão em Portugal e dois, no Brasil. As aulas, ao vivo e online, serão ministradas duas vezes por semana.
“A maior barreira não é a tecnologia. É não saber por onde começar”, afirma Maia, que é formado em Tecnologia da Informação, chefe de Produto em uma empresa sueca e profissional com passagens por empresas como Accenture, Hurb, Magazine Luiza e Droga Raia.
Clareza do aluno
Ele explica que a proposta da Squad Academy surgiu justamente ao perceber o descompasso entre a demanda das empresas e o desconhecimento de quem deseja entrar na área. “O objetivo é reduzir o tempo de transição e dar clareza ao aluno sobre o caminho exato até o emprego”, diz.
A startup nasceu em Portugal e opera de forma remota entre Braga e Porto. No Brasil, a expansão ocorre a partir dos mentores baseados no Rio de Janeiro. As mentorias incluem desafios guiados, materiais de estudo, projetos para portfólio e um assistente de Inteligência Artificial que reforça o aprendizado.
Para Maia, que se mudou para Portugal há três anos, a tecnologia não substitui profissões tradicionais — ela as potencializa. Profissões manuais, por exemplo, podem incorporar ferramentas digitais para ampliar oportunidades.
“Marceneiros que aprendem 3D, artesãos que adotam estratégias de marketing digital, profissionais de serviços que podem construir sua marca digital, alcançar outras cidades e criar novos modelos de negócio. Esses profissionais não precisam abandonar a profissão, mas, sim, adicionar a ela tecnologia e ampliar oportunidades”, destaca.
Crescimento constante
O mercado, avalia Maia, segue aquecido para cargos como gestor de produto (product manager), designer de sites e aplicativos fáceis de usar e visualmente agradáveis (UX/UI Designer) e técnico em Garantia de Qualidade (QA). A combinação de alta demanda, falta de profissionais qualificados e crescimento constante torna a área atrativa para quem busca recolocação ou salários mais competitivos.
Ele reforça que a essência do projeto está no encontro entre tecnologia e humanização. “Transição de carreira não é teoria. É prática e estudo”, diz. Para ele, com a transição, o profissional deixa de ser apenas um executor e passa a resolver problemas com o suporte da tecnologia.
E acrescenta: “Quando a gente fala em humanização no aprendizado, é justamente evitar os cursos gravados, que vemos por aí. Aquele momento frio, em que a matéria é jogada para o aluno e ele tem que se virar, ter uma autodisciplina para consumir o conteúdo e só então aprender”.
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