Espera-se que a Etiópia seja confirmada como a anfitriã da Conferência do Clima das Nações Unidas de 2023, a COP32, disse à Reuters André Corrêa do Lago, o presidente da cimeira deste ano, a COP30, que decorre em Belém, no Brasil.
Além da confirmação da presidência brasileira da COP30, Richard Muyungi, presidente do grupo de negociadores africanos, em Belém, anunciou que os países do continente tinham escolhido a capital da Etiópia, Adis Abeba.
A escolha ainda tem de ser formalmente adoptada, mas deve ser certo: um delegado de um país industrializado disse à Reuters que não imagina que existam objecções.
A Etiópia lançou a sua candidatura em Setembro, competindo com a Nigéria; porém, a União Africana decidiu por unanimidade avançar com a Etiópia como candidata a anfitriã, adiantaram fontes à Reuters.
Ponto de interrogação sobre a COP31
A escolha do anfitrião para a cimeira do próximo ano (COP31) continua, no entanto, a ser um ponto de discórdia, com a Austrália e a Turquia a disputarem a organização do evento de 2026. A TTurquia voluntariou-se, mas a Austrália apresentou a sua candidatura à COP31 em parceria com as Ilhas do Pacífico, que são entendidas como um dos locais mais vulneráveis do mundo às alterações climáticas.
As conferências da COP são realizadas rotativamente em todas as regiões do mundo. Este ano, a conferência realiza-se na cidade amazónica de Belém. A escolha do anfitrião do próximo ano, no grupo Europa Ocidental e Outros, está em suspenso há meses, sem que nem a Turquia nem a Austrália tenham recuado.
Na segunda-feira, Corrêa do Lago instou os países do grupo da Europa Ocidental a resolverem o impasse o mais rapidamente possível. Se não for resolvido, a conferência realizar-se-á em Bona, na Alemanha, onde está sediada a agência da ONU para o clima.
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