Lituânia declara estado de emergência por causa de balões da Bielorrússia

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A Lituânia declarou nesta terça-feira estado de emergência devido a ameaças à segurança pública provocadas por balões de contrabando provenientes da Bielorrússia, anunciou o Governo.

Vílnius​ acusa Minsk de permitir que contrabandistas utilizem balões meteorológicos para transportar cigarros através da fronteira, obrigando repetidamente o aeroporto da capital a suspender operações e perturbando o tráfego aéreo, classificando estas acções como constituindo um ataque híbrido da Bielorrússia, aliada da Rússia.

“O estado de emergência é decretado não só devido às perturbações na aviação civil, mas também por razões de segurança nacional”, afirmou o ministro do Interior, Vladislav Kondratovic, durante uma reunião do Governo transmitida em directo.

A declaração concede às Forças Armadas maior liberdade operacional, permitindo-lhes agir em coordenação com a polícia ou de forma autónoma, acrescentou Kondratovic.

Se o parlamento der luz verde, o Exército poderá limitar o acesso a determinadas áreas, parar e revistar veículos, efectuar verificações a pessoas, aos seus documentos e pertences, e deter aqueles que resistam ou sejam suspeitos de crimes.

As Forças Armadas ficarão autorizadas a usar a força no exercício destas funções, adiantou o ministro da Defesa, Robertas Kaunas. As medidas de emergência permanecerão em vigor até serem levantadas pelo Governo.

A Bielorrússia, que permitiu a utilização do seu território para a invasão russa da Ucrânia em 2022, rejeitou qualquer responsabilidade pelos balões e acusou a Lituânia de provocações, incluindo o alegado envio de um drone para lançar “material extremista”, acusação que a Lituânia rejeita.

A 1 de Dezembro, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a situação na fronteira entre os dois países estava a “agravar-se” e classificou as incursões dos balões como um “ataque híbrido” da Bielorrússia, “totalmente inaceitável”.

Em 2021, a Lituânia impôs o estado de emergência na região fronteiriça com a Bielorrússia acusando o vizinho de fomentar a passagem de imigrantes de forma irregular pela fronteira (isso aconteceu também nas fronteiras com a Polónia e Letónia; morreram mais de cem migrantes nas florestas de hipotermia, exaustão, ou afogamento​).

No ano seguinte, Vílnius​ declarou novo estado de emergência após a invasão russa da Ucrânia, receando tornar-se também um alvo, e impôs limitações à liberdade de expressão para travar o que designou como potencial propaganda russa.

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