Vive no Centro Histórico do Porto? Esta equipa quer saber o que o preocupa na sua saúde

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Uma equipa do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) está a desenvolver a iniciativa As Vozes da Vizinhança, que quer auscultar as percepções, preocupações e prioridades relacionadas com a saúde e a qualidade de vida de quem mora na União de Freguesias do Centro Histórico do Porto, ou seja, nas freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória.

Através de cinco assembleias comunitárias organizadas no auditório do instituto, a equipa quer identificar as prioridades locais em saúde e qualidade de vida, explorar o alinhamento (ou ausência dele) entre essas necessidades e as políticas públicas em vigor e combater a desinformação, estimulando o debate informado e inclusivo.

Segundo o comunicado que divulga o projecto, a localização geográfica do ISPUP, na Rua das Taipas, junto à Antiga Cadeia da Relação do Porto, proporciona uma “oportunidade singular para estreitar laços com a comunidade local, frequentemente sub-representada nos espaços de decisão pública”.

Primeira assembleia de cidadãos decorreu no dia 21 de Outubro
Carlos Castro / DR

A primeira de cinco assembleias decorreu no passado dia 21 de Outubro e contou com a presença de cerca de 20 habitantes do Centro Histórico do Porto. A segunda reunião vai ter lugar na terça-feira, dia 18 de Novembro, pelas 18h, e terá como foco o ruído, a limpeza urbana e as relações sociais e o turismo. As assembleias seguintes decorrerão a 16 de Dezembro, 20 de Janeiro e 24 de Fevereiro às 18h, no mesmo local.

O número de participantes é livre e existem dois moderadores do ISPUP por sessão, que fazem a “apresentação dos temas em linguagem acessível” e realizam “dinâmicas de grupo para estimular um debate reflexivo”. “Entre assembleias, os participantes poderão contribuir com fotografias relacionadas aos temas discutidos, enriquecendo a análise com uma dimensão visual e emocional”, refere ainda a equipa. Depois de terminadas as assembleias, será redigido um documento de trabalho dirigido a decisores políticos locais.

O objectivo primordial do projecto é aproximar a comunidade da ciência. “Observa-se um crescente distanciamento entre investigação científica e público, que compromete a compreensão do papel da ciência e a incorporação de evidências em políticas públicas. Este afastamento fragiliza o desenvolvimento de políticas eficazes e equitativas e contribui para a disseminação de desinformação, alimentando desconfianças e divisões sociais. Neste contexto, é urgente promover espaços que aproximem ciência, comunidades e políticas públicas, valorizando as experiências e vozes locais”, lê-se no comunicado do projecto.

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