O pequeno Como deixou a Juventus de cabeça (ainda mais) baixa

Na época passada, o Como materializou o regresso à Série A depois de mais de duas décadas ausência. E parece ter vindo para ficar. Em 2024-25, terminou o campeonato num honroso 10.º lugar e na presente temporada quer mais — pelo menos a avaliar pelo arraqnue de época. Neste domingo, agravou a crise da Juventus com um triunfo por 2-0 que consolidou o sexto lugar e mantém o clube a três pontos do trio da frente, Inter Milão, Nápoles e Roma.

Cesc Fàbregas, um médio de classe nos relvados, é hoje um treinador orgulhoso. O Como, em representação de uma cidade com cerca de 84 mil habitantes, está a fazer um início de temporada entusiasmante. Em sete jornadas do campeonato, perdeu apenas uma vez (com o Bolonha), apurou-se para a terceira ronda da Taça de Itália e surpreendeu a Juventus na ronda de ontem.

O jovem argentino Nico Paz foi a figura do encontro disputado no pequeno Estádio Giuseppe Sinigaglia, com capacidade para cerca de 13.000 espectadores. O médio ofensivo assistiu Marc-Oliver Kempf para o golo inaugural, na sequência de um canto curto, logo aos 4’, e aos 79’ sentenciou o encontro, num lance em que fugiu pelo corredor direito e, sem apoio, travou a marcha para um remate tão espontâneo quanto preciso, ainda de fora da área.

Contratado ao Real Madrid Castilla em 2024, a troco de seis milhões de euros, Nico Paz, de 21 anos, tem sido uma das figuras de um Como que conta no plantel com nomes bem mais sonantes — desde o inglês Dele Alli aos espanhóis Álvaro Morata, Alberto Moreno e Sergi Roberto.

“Ele é um grande jogador. Quando um jogador é ambicioso e tem a mentalidade certa, pode chegar aonde quiser. Só precisa de manter a humildade e a ética de trabalho, porque o talento e a presença física já tem”, comentou Cesc Fàbregas, a respeito da jóia argentina de 21 anos.

Nico Paz não tem sido, porém, a única dor de cabeça para uma Juventus que não consegue encarreirar. Começou por vencer os três primeiros jogos da temporada, mas a fonte secou nessa altura. Desde esse triunfo sobre o actual líder Inter — que abria boas perspectivas —, a 13 de Setembro, nunca mais os “bianconeri” voltaram a ganhar. Já lá vão seis jogos, entre Champions e Série A, com cinco empates e uma derrota.

Igor Tudor, treinador croata que pegou na equipa no último terço da época passada, atravessa um momento delicado e terá como próximo adversário o Real Madrid, na Liga dos Campeões. Antes do embate com o Como, destacou o facto de Fàbregas ter podido escolher os jogadores que quis para formar o plantel e relativizou a dimensão do adversário, provavelmente para aliviar a pressão.

“A Juventus precisa de vencer sempre, e isso é justo, e quando não vence muita gente pensa que estou sempre errado”. Neste domingo, esse lote de adeptos deve ter aumentado, depois de ter sido alcançado pelo Como no sétimo lugar da Liga.

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