A noite de sexta-feira foi marcada por um intenso ataque russo contra a Ucrânia, que provocou vários feridos e que fez soar as sirenes na região polaca de Lublin. Como medida preventiva, as autoridades polacas decidiram proteger o seu espaço aéreo com caças.
A informação foi confirmada pelo Comando Operacional das Forças Armadas polacas, num comunicado divulgado nas redes sociais. Durante a noite, “mobilizou as suas forças” e pôs “em alerta os sistemas terrestres de defesa aérea e reconhecimento por radar” – medidas de “carácter preventivo” e “orientadas para assegurar e proteger o espaço aéreo, especialmente as zonas adjacentes às áreas ameaçadas”, como é o caso das regiões de fronteira com a Ucrânia.
E, ainda que não se tenha observado “nenhuma violação do espaço aéreo” durante a noite, as forças polacas estão em alerta e “prontas” para uma “resposta imediata”.
A noite ficou marcada por um ataque em massa de mísseis e drones russos. De acordo com a Força Aérea ucraniana, Moscovo lançou um ataque combinado contra infra-estrutura crítica ucraniana. Os radares detectaram 34 mísseis de cruzeiro, 17 mísseis balísticos e mais de 650 drones.
Há registo de três feridos na região de Kiev e um incêndio na estação ferroviária de Fastiv, na região da capital. Os ataques tiveram como alvos as centrais eléctricas e nucleares um pouco por todo o país. Há registo de danos em centrais eléctricas em oito regiões (incluindo, Chernihiv, Zaporijjia e Lviv) e as três centrais nucleares do país foram obrigadas a parar a produção, informa a Agência Internacional de Energia Atómica. Tudo isto causou cortes no fornecimento de electricidade aos ucranianos.
“As infra-estruturas portuárias [em Odessa] também foram atacadas: parte da infra-estrutura ficou sem energia e os operadores passaram a usar energia de reserva proveniente de geradores”, disse o Ministério da Energia no Telegram.
Do lado russo, a confirmação de que foi levado a cabo um ataque de “alta precisão” aéreo e terrestre, usando mísseis hipersónicos Kinzhal e drones de longo alcance.
Em resposta, a Ucrânia atacou, este sábado, a refinaria russa de Ryazan e uma fábrica de munições de artilharia na região de Lugansk, na Ucrânia ocupada.
Zelensky reúne-se com líderes europeus na segunda-feira
Para o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiha, este ataque é prova de que “a Rússia continua a ignorar quaisquer esforços de paz”, e “mostra que nenhuma decisão para fortalecer a Ucrânia e aumentar a pressão sobre a Rússia pode ser adiada”.
O ataque surge num momento em que os EUA estão num processo de tentar chegar a um acordo de cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia que se tem revelado frustrante. Zelensky deverá reunir-se na próxima segunda-feira com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o Presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Friedrich Merz, em Downing Street, no Reino Unido, para os actualizar sobre as negociações de paz com os EUA.
As negociações entre norte-americanos e ucranianos decorrem, este sábado e pelo terceiro dia consecutivo, em Miami. Acontecem depois de uma reunião entre o enviado especial Steve Witkoff, Jared Kushner e Putin no início da semana.
“Penso que o tema Ucrânia-Rússia tem sido uma fonte de frustração perene para toda a Casa Branca”, admitiu o vice-presidente norte-americano J. D. Vance, em entrevista à NBC na sexta-feira.
O primeiro rascunho do plano acabou por ser criticado por deixar a Ucrânia numa posição vulnerável. As restantes versões, alteradas depois das negociações com a Ucrânia, deixaram Putin a dizer que irá anexar todo o Donbass, “pela força das armas” ou pelo abandono das tropas ucranianas.
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