A Paramount fez, nesta segunda-feira, uma oferta pública de aquisição sobre a Warner Bros. A 5 de Dezembro tinha sido anunciado que a Netflix tinha chegado a acordo para adquirir o estúdio de Hollywood, os canais de televisão e a plataforma de streaming HBO Max por 83 mil milhões de dólares (excluindo a CNN do negócio), aproximadamente 71 mil milhões de euros.
Já a empresa de David Ellison avalia a Warner Brothers em 108,4 mil milhões de dólares (cerca de 93 mil milhões de euros) e compromete-se a fazer a compra de todo o grupo, em dinheiro, por trinta dólares por acção (cerca de 25,79 euros), um valor superior ao da Netflix — 27,75 dólares por acção, ou seja, 23,85 euros.
Num comunicado, a Paramount descreveu a proposta da Netflix como “inferior e incerta”. Numa mensagem, no site da empresa, que dá um tom político a esta guerra financeira, a Paramount detalha os argumentos para que a Warner Bros decida dar-lhes a oportunidade em detrimento da Netflix.
“Acreditamos que a nossa proposta permitirá criar uma Hollywood mais forte. É do maior interesse da comunidade criativa, dos consumidores e da indústria de salas de cinema. Consideramos que beneficiarão de uma maior concorrência, de um maior investimento em conteúdos e do aumento do número de estreias em sala, bem como de um maior volume de filmes nos cinemas, resultante da nossa proposta de transacção”, lê-se no comunicado assinado pelo seu presidente-executivo (CEO) para justificar uma oferta que precisa ainda da aceitação dos accionistas da Warner Bros.
Segundo o Financial Times, a proposta da Paramount conta com fundos do Médio Oriente, bem como com Jared Kushner, genro de Donald Trump.
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