Os meios de comunicação da Nigéria avançam que 100 das 265 crianças raptadas já estão em liberdade. A 21 de Novembro, 315 pessoas foram raptadas na escola católica de Santa Maria em Níger. Cerca de 50 já tinham conseguido escapar pouco depois, há 165 alunos e funcionários ainda em cativeiro.
A notícia foi confirmada por uma fonte das Nações Unidas à AFP, que garantiu que as crianças “serão entregues ao governo do estado de Níger amanhã [terça-feira]”. Não há informações sobre se a libertação foi conseguida por negociações ou através de força militar, nem sobre o estado dos que continuam em cativeiro.
“Estivemos a rezar à espera do seu regresso. Se isto for verdade, é uma notícia muito encorajadora”, disse Daniel Atori, porta-voz do bispo responsável pela escola, citado pelo The Guardian.
A Nigéria tem vivido uma série de raptos em massa que relembram o caso ocorrido em 2014, quando foram raptadas cerca de 300 raparigas do seu colégio interno em Chibok, por jihadistas do Boko Haram. Em 2024, mais de 200 estudantes foram raptados no estado de Kaduna. Na mesma semana do ataque deste ano, foram sequestradas 25 alunas também de um colégio interno no estado de Kebbi e foi atacada uma igreja em Kwara.
Como resposta aos ataques, o Governo nigeriano encerrou 47 estabelecimentos de ensino. Desde 2014, foram fechadas 615 escolas no norte da Nigéria na sequência de sequestros. Segundo um relatório da Human Rights Watch, desde o rapto de Chibok, contam-se mais de 1600 estudantes vítimas de sequestro.
Os raptos mais recentes provocaram algumas reacções internacionais. Para além do apelo do Papa Leão XIV pela libertação dos estudantes, padres e professores e as várias figuras nacionais e internacionais que criticaram o Governo de Bola Tinubu, Donald Trump tem ameaçado a Nigéria com a suspensão de ajuda norte-americana caso não consigam parar com o “genocídio” contra a comunidade cristã e acusa as autoridades de não protegerem os cristãos. A maior parte das vítimas são, contudo, muçulmanos.
Os raptos na Nigéria são punidos com pena de morte e é proibido o pagamento de resgates financeiros desde 2022. No entanto, entre Julho de 2024 e Junho de 2025 estima-se que tenham sido entregues 2,57 mil milhões de nairas (cerca de 3,6 milhões de euros) para recuperar pessoas raptadas, avança um relatório da SBM Intelligence.
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