O tempo dirá se a relação de Luís Montenegro com Volodymir Zelensky poderá, algum dia, carimbar uma expressão tão histórica como a do “mon ami Mitterrand”, de Mário Soares. Sim, são épocas e relações diferentes, mas o primeiro-ministro não se coibiu de se referir ao presidente ucraniano como seu “amigo” — na visita que fez este fim-de-semana a Kiev —, recordando que os percursos dos dois se cruzam desde que chegou a São Bento. Nesta amizade que, sem Zelensky saber, até roça o tema Spinumviva, a visita-relâmpago à Ucrânia foi o culminar de uma semana de alívio e de afirmação política do líder do executivo, tanto no plano interno como externo.
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