
Angola declarou a independência há precisamente 50 anos, como ouvimos Agostinho Neto fazê-lo no som de abertura. Acabavam assim quase cinco séculos de domínio colonial português e começava uma nova era de euforia e de incerteza.
A seguir, Angola viveu 27 anos turbulentos de guerra civil, que devastaram o país. O conflito armado entre MPLA e UNITA só chegou ao fim em 2002.
João Lourenço sucedeu a José Eduardo dos Santos como presidente de Angola, mas a esperança de mudança ficou por concretizar e cresceu o descontentamento social.
Neste país, onde o ordenado mínimo não garante o mínimo de sobrevivência, aumentou o número de pessoas que procura alimento nos restos de comida deixados no lixo, e que também são vendidos como fonte de rendimento.
Entre as fileiras do MPLA, as críticas a João Lourenço também sobem de tom. Uma petição pública exigiu a destituição imediata do chefe de Estado e alguns militantes recorreram à via judicial para afastar o presidente.
“O país entrou no colapso social, onde a fome, a miséria e a pobreza extrema assolam mais de 25 milhões de angolanos”, escreveu Valdir Cónego, militante e anunciado pré-candidato à liderança do MPLA, na providência cautelar que submeteu ao Tribunal Constitucional, com o objectivo de pedir a suspensão de Lourenço das funções que ocupa no partido.
Sendrick de Carvalho, jurista, jornalista, e activista, condenado a quatro anos e seis meses de prisão no Processo 15+2, é o convidado deste episódio.
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