Era uma jovem de voz rouca quando começou a apresentar um programa inédito na televisão portuguesa, o Nutícias, durante o qual ia dispensando peças de roupa enquanto informava os telespectadores sobre a actualidade nacional e internacional mais relevante. Mais de 20 anos depois, com 47, Paula Coelho morreu, vítima de cancro, no hospital onde estava internada. A doença tinha-lhe sido diagnosticada recentemente, depois de ter sofrido um acidente vascular cerebral.
A notícia foi avançada pelo Correio da Manhã, depois de a sua irmã gémea ter confirmado o óbito nas redes sociais. “Tiveste que ir, eu sei, mas não consigo imaginar a minha vida sem ti! Minha melhor amiga, minha parceira, minha metade, meu sol, ainda é tão cedo. Que injustiça, tanta generosidade, tanta lealdade, porquê Deus?! Recebe a minha metade de braços abertos. Até breve Monte. Amo-te para sempre”, escreveu Sandra Coelho no Instagram.
Foi a sua passagem pelo Nutícias, na SIC Radical, que a tornou conhecida, porém, mais tarde, a participação no reality show Quinta das Celebridades trouxe-a de novo à memória dos portugueses. Paula Coelho cresceu num bairro de barracas, teve uma infância feliz, embora marcada pela pobreza, e descobriu que foi adoptada aos 12 anos. “Não me incomoda minimamente dizer que vivi numa barraca, que não tínhamos casa de banho, que pedíamos esmola… porque isso fez de mim a pessoa que sou hoje”, contou no programa de Júlia Pinheiro.
Sobre a adopção, também deu alguns detalhes. “Um dia, minha mãe [adoptiva] chegou ao pé dela [a mãe biológica], que tinha duas meninas ao colo e disse: ‘Que meninas tão lindas, não me quer dar uma?’. E a minha mãe biológica, que não sei o nome, disse: ‘Até lhe dou as duas’. Não sabemos como é que tudo se processou. Ela na altura ficou connosco, criou-nos como se tivéssemos nascido em casa”, recordou Paula Coelho, acrescentando que tinha apenas oito dias quando isto aconteceu.
Depois da morte dos pais adoptivos, as gémeas Paula e Sandra foram viver com uma irmã mais velha que, ao fim de algum tempo, colocou ambas num colégio de freiras. Também passou 10 anos em África, onde enfrentou vários problemas de saúde, como malária, paludismo e dengue. Morreu agora, aos 47 anos, vítima de cancro.
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