As Forças Armadas norte-americanas destruíram mais duas embarcações suspeitas de narcotráfico em águas internacionais do Pacífico Oriental, matando cinco tripulantes.
Os dois ataques ocorreram na quinta-feira, sob ordens do secretário da Defesa, Pete Hegseth, no âmbito da operação anti-narcotráfico (“Lança do Sul”) do governo de Donald Trump nas Caraíbas e no Pacífico, informou o Comando Sul nas redes sociais.
“Os dados dos serviços de informações confirmaram que as embarcações estavam a navegar por rotas conhecidas de narcotráfico no Pacífico Oriental e estavam envolvidas em operações de tráfico de droga”, especificou o comando militar. Um total de cinco suspeitos de narcotráfico foram mortos: três na primeira embarcação e dois na segunda, adiantou a mesma fonte.
O Comando Sul partilhou um vídeo que mostra o bombardeamento das duas embarcações, rapidamente consumidas pelas chamas após os impactos.
Com este último ataque, o número de embarcações destruídas subiu para mais de trinta, e o de mortos para perto de uma centena, no âmbito da campanha lançada por Trump em Agosto.
O escrutínio no Congresso norte-americano sobre a legalidade das acções militares contra estes alegados barcos de tráfico de droga tem vindo a aumentar, após o polémico ataque que matou dois sobreviventes de um bombardeamento a 2 de Setembro nas Caraíbas, que alguns especialistas militares consideram um possível crime.
O extenso destacamento militar dos EUA nas Caraíbas, o maior das últimas décadas, também intensificou a pressão sobre o Presidente venezuelano Nicolás Maduro, que Washington acusa de liderar o Cartel dos Sóis, acusação que Caracas nega.
Trump insistiu na quinta-feira que não precisa de autorização do Congresso para bombardear alvos relacionados com tráfico de droga em território venezuelano, admitindo porém partilhar previamente informações com os representantes.
“Não me importava de lhes dizer [ao Congresso], mas não é grande coisa. Não preciso de dizer”, disse Trump num evento na Casa Branca, quando questionado pelos jornalistas.
O executivo venezuelano de Maduro está sob aviso de que os Estados Unidos iriam em breve iniciar ataques contra alvos terrestres. Na terça-feira, Trump anunciou nas redes sociais que Washington bloquearia a entrada ou saída de todos os petroleiros sancionados da Venezuela e acusou o Governo de Caracas de roubar campos petrolíferos e activos norte-americanos, numa alusão às expropriações realizadas durante os mandatos de Hugo Chávez.
A chefe de gabinete de Trump, Susie Wiles, admitiu numa entrevista publicada esta semana que um destacamento militar em solo venezuelano significaria guerra e precisaria da aprovação do Congresso.
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