
No 30.º lugar à partida para a sexta ronda da Champions e a um triunfo de poder abandonar a zona de exclusão, o Benfica está de regresso à Liga milionária para defrontar, esta noite (20h, SPTV5), no Estádio da Luz, o Nápoles, campeão italiano e vice-líder, em igualdade pontual com o AC Milan, da Série A, Liga que José Mourinho conhece bem.
Com três pontos amealhados na ronda anterior, em Amesterdão, frente ao Ajax, quando restam três partidas para encerrar a fase de liga da Champions, o Benfica não perde de vista os compêndios de matemática.
Ainda sem média para ir a exame, José Mourinho traz debaixo do braço o volume completo de análise e probabilidades, sempre na esperança de encontrar a equação capaz de garantir os nove ou dez pontos que acredita darem, para já, acesso ao play-off.
De todas as combinações possíveis — ciente de que depois dos napolitanos ainda há uma viagem a Turim, para defrontar a Juventus, e a recepção final ao Real Madrid —, José Mourinho sabe que a chave do sucesso depende em grande medida de um novo triunfo na prova.
Ainda que, mesmo colocado perante o pior de todos os cenários no duelo desta noite, mantenha de pé a crença na qualificação. Algo que só a frieza dos números da “matemática pura” poderá tirar-lhe.
Chorar sem vontade
Num jogo sempre fértil em variáveis, o Benfica enfrenta um Nápoles que precisou de se “reinventar” para compensar um número anormal de baixas importantes.
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— SL Benfica (@SLBenfica) December 9, 2025
E essa até poderia ser uma boa notícia para o clube português, não fosse José Mourinho garantir que esta nova versão do Nápoles é ainda melhor do que a original.
Pelo menos, apresenta um sistema de jogo mais do agrado do treinador português, pelo que considera estar perante um desafio ainda mais difícil de superar e de um Nápoles mais forte.
Entre as variáveis, estão os impedimentos, que, no caso dos italianos, são de monta, com sete baixas, entre as quais algumas das principais referências, como Lukaku e De Bruyne.
Mas a tentativa de comparação, face às baixas do próprio Benfica — sem Lukebakio, Bruma, Bah e Nuno Félix — parece dar mais vontade de chorar do que de rir ao técnico português.
José Mourinho, já se sabe, não perde uma oportunidade para surpreende, afirmando que, mesmo não querendo e não sendo essa a filosofia nem o ADN do clube, as lágrimas surgem como algo de inevitável.
Sobretudo quando olha para o “onze” alternativo do Nápoles e não nota diferenças significativas, esquecendo-se mesmo de quem falta.
“Não me façam rir. Uma coisa é não teres Lukaku, mas teres Hojlund e Lucca no banco; não teres Kevin De Bruyne, mas haver Scott McTominay e Elmas”, vinca José Mourinho, admitindo que, mesmo sem vontade, as ausências de jogadores como Lukebakio o “fazem chorar”.
Rendido à versatilidade da equipa de Antonio Conte, técnico com quem tem um passado repleto de episódios polémicos quando se cruzaram em Inglaterra, com trocas de palavras pouco simpáticas (“demência senil”, disse Conte, após ser classificado de palhaço).
Ataque a que Mourinho respondeu com uma referência ao escândalo de manipulação de resultados que afectou a reputação de Conte quando o italiano comandava o Siena (2010-11), antes de assumir a Juventus.
Desta feita, Mourinho elogiou o trabalho do italiano, a capacidade táctica, física e técnica do Nápoles, a que tentará obstar com um plantel ambicioso, com jovens como o campeão do Mundo de sub-17 José Neto, lateral-esquerdo que está convocado e em posição de estrear-se na Liga dos Campeões.
“Mercado preocupa zero”
Perante este cenário, Mourinho foi interpelado sobre a necessidade de recorrer ao mercado de transferências e da importância de uma qualificação para o clube conseguir uma maior margem negocial.
A reacção foi pronta, remetendo para a convocatória e para a aposta e potenciação dos valores emergentes, partindo do pressuposto de que o Benfica não irá ao mercado, sem, contudo, excluir essa possibilidade, que, caso venha a existir, “será sempre uma ajuda”, como admitiu José Mourinho.
“Nos 23 convocados, temos dez jogadores da formação do Benfica. Desses dez, três chegam pela primeira vez à equipa principal comigo”, enfatiza, assumindo que, tal como McTominay no Manchester United, também Neto será aposta sua.
“A partir daí, tudo o que possa acontecer e a influência que venha a ter no mercado ocupa zero no meu pensamento. O que me interessa é o aspecto desportivo. E, enquanto a matemática permitir, terei esperança. Só a matemática pura me pode tirar essa esperança. Aliás, mesmo perdendo este jogo, manteremos a esperança… Até que o apuramento seja impossível”.
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