Brasileira, ex-cunhada de porta-voz de Trump, é liberada da prisão sob fiança nos EUA

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Um juiz de imigração dos Estados Unidos ordenou a soltura da brasileira Bruna Ferreira, 33 anos, ex-cunhada da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, sob fiança de US$ 1.500 (1.300 euros ou R$ 8.100) nesta segunda-feira (08/12). Bruna, que mora nos EUA desde os 6 anos de idade, foi detida pelo ICE (Agência de Imigração norte-americana) no dia 12 de novembro, acusada de estar no país ilegalmente.

A brasileira é mãe de um menino de 11 anos de idade, cuja guarda compartilha com Michael Leavitt, irmão da alta funcionária do governo Donald Trump. A gestão do republicano tem argumentado que Bruna é uma mãe ausente, o que ela contesta.

Bruna deve, agora, ser solta do centro de detenção do ICE em Louisiana, que tem sido destino frequente de imigrantes presos por todo o país — as autoridades do estado no Sul dos Estados Unidos são mais amigáveis ao governo Trump e ao ICE do que em outros lugares.

Madrinha do filho

Segundo a defesa da brasileira, que vive nos EUA desde 1998, ela está sob proteção do Daca, um programa criado pela gestão Barack Obama para regularizar o status de permanência daqueles que chegaram quando eram crianças ao país. Bruna não tem passagens pela polícia, de acordo com a imprensa americana.

Desde a detenção, a Casa Branca chegou a descrever a brasileira como uma criminosa e diz que ela é uma mãe ausente na vida do filho, do ex-companheiro e de Karoline, que está entre as mais firmes defensoras da campanha do presidente republicano para deportar milhões de pessoas. O governo afirma ainda que Bruna e Karoline não conversam há anos e que a brasileira nunca morou com o próprio filho.

Em entrevista ao jornal The Washington Post, Bruna falou sobre sua relação com a porta-voz da Casa Branca. “Pedi a Karoline para ser a madrinha do meu filho, no lugar da minha única irmã. Cometi um erro ao confiar neles. Não consigo imaginar por que estão criando essa narrativa”, ressaltou.

Mãe presente

Na entrevista ao Washington Post, a brasileira mostrou fotos de família, registros do tribunal e seu perfil nas redes sociais. Ela afirmou que, um dia, considerou Karoline como sua irmã. Ela relatou ao jornal que conheceu Michael Leavitt em uma festa. Eles se apaixonaram, ficaram noivos e tiveram um filho enquanto viviam em New Hampshire, mas a relação teria se desgastado e terminado antes de casarem, em 2011. Desde então, os dois dividem as obrigações com o filho, segundo o relato de Bruna e os documentos judiciais.

A brasileira disse se sentir ofendida com o que foi dito sobre ela pela Casa Branca e pelo Departamento de Segurança Interna (DHS), que coordena o ICE. Ela afirmou que seu filho é parte da família Leavitt e que vê a família do ex-companheiro com frequência.

Ela considera absurda a declaração de que não convive com o menino. De acordo com o depoimento, antes da prisão, ela geria dois negócios de limpeza e vestuário, além de levar o filho à escola, ir a jogos escolares, dar presentes e procurar dar ao filho “tudo o que um jovem precisa”, conforme disse ao jornal americano.

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