Num dos camarins do Teatro Armando Cortez, em Lisboa, Carla Vasconcelos senta-se para conversar, mas faz um aviso: “Sou a pessoa com menos sumo para dar sobre esse assunto.” Pode ser verdade que “não tenha qualquer trauma”, mas o tema dos padrões de beleza parece mexer com a actriz, que já sentiu na pele o preconceito até na atribuição de papéis na representação. “Quanto mais próximos estamos dos padrões de beleza que a sociedade impõe, mais complexos temos. As pessoas fazem uma autocrítica do seu corpo e é por isso que temos tantas mudanças. Não tem a ver com seu gordo ou magro”, declara, com uma promessa: “Há quem seja escravo disso, mas eu não.”
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