Em dia eleitoral, o Benfica disse presente

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Foram um dia e uma noite especiais, ontem, para os benfiquistas. O dia foi de eleições, com um número recorde de votantes, a noite foi de jogo contra o Arouca, para o campeonato, que terminou com goleada por 5-0, no melhor resultado da temporada para os “encarnados” esta época.

Se o resultado do sufrágio eleitoral era incerto quando se encerraram as urnas, com uma longa contagem de votos no horizonte, madrugada dentro, o desfecho do jogo contra o Arouca ficou muito cedo definido. O Benfica marcou dois golos nos dois primeiros remates que fez à baliza do seu adversário – ambos de penálti – chegou ao intervalo a vencer por 3-0 e pouco depois do recomeço do jogo fez o 4-0 e atingiu a goleada. Tudo isto perante a incapacidade absoluta dos arouquenses em incomodarem os “encarnados” que, por estes dias, não são uma equipa que respire confiança ou que seja um exemplo de bom futebol.

A partida deste sábado também não alterou este cenário de forma radical. Depois de uma exibição confrangedora na Liga dos Campeões contra o Newcastle a meio da semana, José Mourinho sabia que frente ao Arouca, no regresso das “águias” ao campeonato, não tinha margem de erro. E promoveu mudanças no “onze” com que vinha jogando.

As duas grandes alterações foram a entrada directa na equipa de Prestianni, para o flanco esquerdo e de Tomás Araújo para o eixo da defesa – Aursnes a lateral direito era previsível face à lesão de Dedic. E pelo que se viu, estas mudanças não devem ser circunstanciais.

O defesa central português jogou, finalmente, na posição em que melhor se sente e, apesar do adversário que teve de enfrentar ontem não ter sido, propriamente, exigente, a verdade é que já deu para se ver algumas saídas de qualidade a partir dos pés do central, uma mais-valia em relação a António Silva, que ficou no banco.

Já Prestianni foi o motor do ataque benfiquista, deixando até na sombra aquele que vinha sendo o homem que vinha fazendo alguma diferença no Benfica quando era preciso acelerar no ataque nos últimos jogos – Lukebakio. É que foi do flanco esquerdo, por onde andou o argentino, que nasceram os dois lances dos dois primeiros golos “encarnados”. E Prestianni, enquanto esteve em campo, foi sempre o jogador mas desequilibrador dos benfiquistas.

O jogo começou de forma perfeita para o Benfica. Sem fazer muito por isso, a equipa de Mourinho viu-se a vencer por 2-0. Dois penáltis, que precisaram da intervenção do VAR para que fossem assinalados, foram exemplarmente marcados por Pavlidis, que colocou os “encarnados” com uma vantagem confortável quando ainda só estavam decorridos pouco mais de 20 minutos.

O Arouca era uma equipa impotente e só num mau passe de Sudakov, perto da primeira meia hora, teve a hipótese de marcar – mas Pablo González, na cara de Trubin, rematou ao lado da baliza benfiquista.

Do outro lado, o Benfica, apesar da fragilidade do opositor (perdeu por seis golos com o Sporting e por quatro com o FC Porto já neste campeonato), não fazia uma grande exibição. Mandava no jogo de forma clara, mas continuava a revelar uma das grandes dificuldades que tem marcado o consulado de Mourinho desde que chegou à Luz – incapacidade de criar muitas ocasiões de golo. Por isso, não foi de estranhar que o terceiro golo na Luz tivesse surgido num lance de bola parada e já no período de compensação do primeiro tempo: canto no lado esquerdo do ataque “encarnada” e Otamendi a aproveitar uma má saída de Valido da baliza para cabecear para o 3-0.

Antes, Pavlidis tinha acertado na barra da baliza do Arouca, num “chapéu” que falhou por pouco o alvo.

No segundo tempo, nos minutos iniciais, o Arouca tentou sacudir um pouco a pressão, arriscar mais, abrindo mais espaços entre linhas e na sua defesa. Cenário ideal para este Benfica de Mourinho, que não perdeu tempo a fazer o 4-0, novamente com os protagonistas que melhor jogaram ontem na Luz: bola ganha por Prestianni e finalização de Pavlidis na área adversária.

A partir daí o jogo perdeu interesse. O Arouca ficou com a certeza absoluta de que já nada conseguiria da partida e o Benfica passou a gerir a goleada, com Mourinho a retirar alguns dos que têm sido mais utilizados e a dar minutos a outros que nem por isso, como Ivanovic, que ainda “faria o gosto ao pé” marcando o terceiro penálti que o Benfica teve a seu favor, já em período de descontos (a castigar falta sobre João Rego), e fixando os 5-0 finais.

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