A Administração Trump espera que a maior parte das centrais eléctricas a carvão adie o encerramento de modo a ajudar a fornecer a enorme quantidade de electricidade necessária para a Inteligência Artificial (IA), de acordo com declarações do secretário da Energia, Chris Wright.
Manter estas centrais, que normalmente têm meio século de existência, faz parte de uma estratégia mais abrangente para aumentar a produção energética dos EUA, o que também inclui impulsionar a energia nuclear e permitir que centrais eléctricas de apoio operem de forma constante.
A Administração fez da expansão de produção energética uma alta prioridade, ao mesmo tempo que rejeita preocupações sobre as alterações climáticas, algo que o Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou ser uma ‘vigarice’ global, no seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Setembro.
Administração prioriza indústria fóssil
“A sobriedade energética regressou a Washington, D.C. Estamos focados no povo americano, no preço de serviços públicos e em evitar apagões”, disse à Reuters o secretário de Estado da Energia, Chris Wright, um empresário da indústria do petróleo e negacionista das alterações climáticas. “Temos de travar o encerramento de infra-estruturas ainda úteis.”
O secretário da Energia disse que o Governo esteve em negociações com muitos serviços públicos a nível internacional e espera que a maioria das centrais a carvão norte-americanas que está à beira do encerramento adie a desactivação.
“Diria que a maior parte dessa capacidade a carvão irá permanecer activa”, adiantou.
A Administração também está preparada para recorrer a energia de emergência para prolongar a longevidade das suas centrais a carvão, afirmou Wright. Recentemente, o secretário da Energia ampliou o seu decreto de emergência para manter activa uma central a carvão no Michigan, apesar de haver planos para esta fechar permanentemente, por motivos económicos.
O Departamento de Energia também ordenou que uma central eléctrica a gás e petróleo que estava prestes a fechar continuasse em funcionamento.
Wright revelou que os EUA irão tentar pôr geradores de reserva e centrais eléctricas suspensas a funcionar continuamente, em vez de o fazer apenas quando existe um aumento de procura de electricidade.
A Casa Branca procura também aumentar a produção de energia nuclear, incluindo através de reformas de regulamentos para apressar a emissão de licenças e acolher novas tecnologias nucleares por via do Departamento de Energia.
“Empurrões” para liderar na IA
“Precisamos dessa indústria como outra fonte de energia, portanto vamos dar empurrões temporários para a iniciar”, diz Wright.
Prevê-se que a procura total de electricidade nos EUA irá atingir máximos históricos neste ano e no próximo, segundo a Administração de Informação de Energia.
O crescimento de consumo de energia nos Estados Unidos vai continuar a acelerar até ao fim da década, enquanto vão sendo actividas novos centros de dados de inteligência artificial. A corrida global para domínio da IA – especialmente entre os EUA e a China – depende em muito da ligação destas unidades a novas fontes de energia.
A China produziu 100 Gigawatts de energia a carvão em 2024 e outros 100 Gigawatts estão em desenvolvimento, de acordo com Wright. “Neste momento, não interessa o que a China diz acerca de políticas climáticas”, diz. “Estão a desenvolver a sua própria electricidade e poder industrial e estão a dizer: continuem a enviar-nos a vossa indústria.”
O Departamento de Energia dos EUA está ainda a abrir terrenos federais, muitos deles protegidos, para instalar novas centrais eléctricas e data centers ainda este ano.
Disclaimer : This story is auto aggregated by a computer programme and has not been created or edited by DOWNTHENEWS. Publisher: feeds.feedburner.com