Fórum Mulheres Mercosul-UE aporta em Lisboa e seguirá para Brasília e Fortaleza

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Com o objetivo de estimular o empreendedorismo feminino, a presidente do Clube Mulheres de Negócios em Língua Portuguesa, a empresária cearense Rijarda Aristóteles criou o I Fórum Mulheres Mercosul-União Europeia (UE), que será realizado na segunda-feira (27/10), às 10h, só para convidados, na Casa Brasil, em Lisboa. No dia seguinte (28/10), o evento, aberto ao público com inscrição prévia (veja quadro abaixo), acontecerá a partir das 9h30, na Casa da América Latina, também na capital portuguesa.

Com a presença de lideranças diplomáticas e autoridades, o seminário, segundo Rijarda, será um espaço permanente de diálogo e cooperação entre mulheres empresárias. Ela também quer celebrar o acordo comercial entre o Mercosul e a UE, que tem previsão de ser assinado em dezembro deste ano.

“Primeiro, vamos festejar que, finalmente, o acordo vai sair. Essa é a nossa expectativa”, diz ela. “Isso traz uma responsabilização também grande das empresárias, das mulheres de negócios, no nosso caso, em língua portuguesa. Entendemos que o multilateralismo é a grande saída no momento que vivemos hoje, que está bastante delicado e com muitos desafios”, avalia.

Rijarda reforça que o acordo, aguardado há 25 anos, ampliará possibilidades de transações entre o Mercosul e a União Europeia. “Estamos falando de um mercado de mais de 700 milhões de pessoas. Este acordo é o mais importante do ponto de vista de mercado e de público consumidor que até hoje foi feito”, afirma.

E ela complementa: “Interessante é que o Brasil, desde o início, foi quem puxou toda essa questão do Mercosul, de criar um espaço único dentro da América Latina. De comércio livre, atualmente, é um dos principais players internacionais. É importante que os luso-falantes, no caso, as mulheres empresárias, que se relacionam com o mundo português, também estejam à frente desse processo”, aponta.

Restrições à imigração

Com a presença de representantes de países como Espanha, França, Itália e Suíça, o I Fórum Mulheres Mercosul-UE também reunirá embaixadores como Raimundo Carreiro (Brasil), Marina Teitelboim Farías (Chile) e Juliano Nascimento (da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a CPLP), entre outros nomes.

“Será um lugar onde nós, empresárias e empresários, vamos construir relações entre os dois blocos. E de uma maneira perene, que respeite o comércio internacional. Acho que estamos trazendo uma perspectiva histórica relevante com a realização desse primeiro fórum”, frisa a presidente do Clube Mulheres de Negócios em Língua Portuguesa, que conta com o apoio da APEX Brasil.

O Fórum Mulheres Mercosul-UE também será realizado em Brasília, no dia 27 de novembro, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), e em Fortaleza, no dia 3 de dezembro, na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). “Com as mesmas prerrogativas, com os mesmos temas”, garante Rijarda, que vai moderar todos os debates.

Questionada sobre as novas regras impostas pelo Governo português aos imigrantes, a empresária assinala que elas prejudicam as mulheres que escolheram Portugal para empreender. “Na hora que Portugal abre espaço para a entrada de muita gente, tem que estar preparado para isso. Agora, no meio do processo, querer ter um controle, até de uma certa forma muito enérgico, sem muitas vezes diferenciar quem vem de um jeito e quem vem de outro, é complexo”, afirma.

Ela vai além: “Temos casos de várias pessoas que estão vivendo há muito tempo no país e que não tiveram sua situação regularizada, não por culpa delas, mas porque não existem instituições preparadas para dar respostas a esses pedidos. Mas acho que Portugal está preocupado, porque isso é dar um tiro no próprio pé. E se interfere para o homem empresário, imagina para a mulher empresária que vem para cá. As mulheres têm sempre situações mais desafiadoras”, diz.

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