Barbara Jankavski, influenciadora brasileira, que se apresentava nas redes sociais como “Boneca Desumana”, estava em casa de um defensor público, na zona oeste de São Paulo, identificado como Renato Campos Pinto de Vitto, 51 anos, quando terá aparentemente adormecido. O homem, quando constatou o óbito, accionou uma equipa do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Pinto de Vitto relatou a policiais militares ter contratado os serviços sexuais de Bárbara, que teria chegado a sua casa por volta da 1h de domingo. Os dois terão passado o dia juntos, e o defensor declarou que fizeram uso de substâncias ilícitas, sem dizer quais. Contou ainda que a mulher tossiu por diversas vezes.
Bárbara Jankavski Marquez, 31 anos, possui mais de 55 mil seguidores no Instagram, onde falava essencialmente sobre procedimentos estéticos. Segundo o relato, Bárbara adormeceu ao lado do homem enquanto assistiam televisão. Ao perceber que a mulher não se mexia, ele decidiu accionar o SAMU. Seguindo a orientação dos funcionários do órgão, ele iniciou manobras na tentativa de ressuscitação por cerca de dez minutos, mas sem resposta da vítima.
Uma equipe do SAMU confirmou a morte da influenciadora às 21h07.
A Defensoria Pública de São Paulo emitiu um comunicado, na terça-feira, no qual se solidariza com a família de Bárbara e diz estar a acompanhar a ocorrência que envolve um defensor público. “A Defensoria Pública-Geral mantém contacto permanente com as autoridades competentes, observando o sigilo legal, a fim de assegurar que todas as medidas adoptadas estejam em conformidade com a legislação e com os princípios que regem a Administração Pública.”
Além do defensor e de Bárbara, uma outra mulher, que se identificou como amiga do homem, estava na residência, tendo relatado que passou o dia com os dois, mas declarou que não estava com eles no momento da morte.
A mulher, no entanto, afirmou ter visto quando, por volta das 4h, Bárbara escorregou e caiu, o que teria causado uma lesão no olho esquerdo. Os policiais militares identificaram essa lesão e marcas nas costas, de acordo com o registo.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, o defensor se demonstrou abalado com o ocorrido. Ele permaneceu na delegacia durante o registo da ocorrência.
Foram requisitados exames necroscópico e toxicológico e o caso foi registado como morte súbita no 91.º DP (Ceasa). O caso é investigado pelo 7.º Distrito Policial (Lapa). De acordo com a SSP, “a equipa da unidade está colectando depoimentos e analisando documentos, registos”.
Já nesta quinta-feira, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo informou que Pinto de Vitto está afastado das suas funções por questões de saúde, sem prestar esclarecimentos adicionais.
Exclusivo PÚBLICO/Folha de São Paulo
O PÚBLICO respeitou a composição do texto original, com algumas adaptações ao português de Portugal
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