
Israel recebeu nesta quarta-feira os restos mortais de mais um refém vindo de Gaza, segundo o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, depois de a ala armada do Hamas ter entregado à Cruz Vermelha um corpo encontrado perto da Cidade de Gaza.
A autoridade israelita de medicina legal vai confirmar a identidade dos restos mortais. Se for confirmado que pertencem a um dos reféns, continuarão em Gaza seis israelitas mortos cujo regresso ainda não foi possível.
Entretanto, o Exército israelita afirmou ter abatido dois palestinianos na Faixa de Gaza, alegando que se aproximaram de uma área controlada por Israel de forma “ameaçadora”.
Fontes das autoridades de saúde de Gaza disseram, por outro lado, que disparos israelitas também mataram um palestiniano que recolhia lenha na região central do território. O Exército israelita afirmou não ter conhecimento de qualquer incidente nessa zona.
Apesar da violência quase diária, o processo de devolução dos restos mortais dos reféns tem continuado ao abrigo do cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, em vigor desde 10 de Outubro.
O Hamas entregou todos os 20 reféns vivos em Gaza em troca de cerca de dois mil prisioneiros e detidos palestinianos mantidos em Israel. O grupo também se comprometeu a entregar os restos mortais de 28 reféns mortos, mas diz que a destruição generalizada em Gaza dificulta a localização dos corpos. Israel acusa o Hamas de estar a atrasar o processo.
Apesar de o cessar-fogo ter reduzido a intensidade da violência, Israel continua a realizar ataques pontuais na Faixa de Gaza. A trégua tem permitido o regresso de centenas de milhares de palestinianos às ruínas das suas casas e a entrada de ajuda humanitária. O Exército israelita retirou as tropas das posições dentro das cidades, recuando para trás de uma linha de demarcação amarela.
Paralelamente, o Exército israelita afirmou ter morto um combatente do Hamas que, segundo diz, era responsável por manter seis israelitas cativos em Gaza, noticiou a Al Jazeera.
Num comunicado publicado na rede social X, as forças israelitas disseram ter “eliminado” Zaid Zaki Abd al-Hadi Aql, num ataque que dizem ter sido realizado como retaliação às violações do cessar-fogo por parte do Hamas, escreve a Al Jazeera.
??ELIMINATED: Hamas terrorist Zaid Zaki Abd al-Hadi Aql who was responsible for holding six Israeli hostages captive.
Aql was responsible for the captivity of Bar Kuperstein, Ohad Ben Ami, Maxim Herkin, Elkana Bohbot, Segev Kalfon, and Yosef-Haim Ohana, who were abducted into… pic.twitter.com/fTLpkhEeSr
— Israel Defense Forces (@IDF) November 5, 2025
Fontes da imprensa israelita indicaram que o ataque ocorreu a 29 de Outubro.
O Exército afirmou que Aql era responsável pela detenção de Bar Kuperstein, Ohad Ben Ami, Maxim Herkin, Elkana Bohbot, Segev Kalfon e Yosef-Haim Ohana — israelitas raptados para Gaza durante os ataques de 7 de Outubro. Os seis foram entretanto libertados.
Um dos ex-reféns, Segev Kalfon, contou ao jornal The Jerusalem Post que os prisioneiros foram mantidos num poço dentro da casa de Aql.
Também nesta quarta-feira, um palestiniano foi baleado e ferido por forças israelitas na cidade de Ar-Ram, a nordeste de Jerusalém, segundo o Crescente Vermelho Palestiniano (PRCS).
O PRCS afirmou que o homem foi atingido na perna com munição real e transportado para o hospital para receber tratamento.
De acordo com fontes locais citadas pela agência Wafa, soldados israelitas perseguiram um grupo de trabalhadores perto do muro de separação ilegal e abriram fogo, ferindo um deles.
A Federação Geral de Sindicatos Palestinianos indicou que, desde o início do ano, 15 trabalhadores palestinianos foram mortos por forças israelitas, enquanto centenas foram detidos e agredidos pela polícia israelita nos últimos meses por alegadamente não possuírem licenças de trabalho.
Segundo a mesma federação, citada pela Wafa, desde Outubro de 2023, foram documentadas 42 mortes de trabalhadores e mais de 32 mil detenções.
O conflito entre Israel e o Hamas, que já está no seu segundo ano, provocou dezenas de milhares de mortos em Gaza e deixou o território devastado, com grande parte da população deslocada e dependente de ajuda humanitária.
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