
Chega ao fim a liderança de Mariana Mortágua no Bloco de Esquerda. A coordenadora do partido enviou uma mensagem aos aderentes a explicar que não se vai recandidatar à liderança e justifica ter sido “incapaz de inverter a excessiva centralização da estrutura do Bloco” e de gerar novo “impulso político e eleitoral”.
“A política, como a vida, somos nós e as nossas circunstâncias. Nestes dois anos e meio, a precipitação de sucessivas campanhas eleitorais tirou espaço e tempo à nossa reflexão interna e prejudicou uma transformação efectiva do funcionamento do Bloco”, escreve Mortágua, notando que a sua direcção falhou no objectivo.
Comunicando que não será recandidata à liderança do Bloco de Esquerda, Mortágua diz que tomou a decisão com tranquilidade e que o faz “por acreditar que o Bloco beneficiará de ter, na coordenação e no Parlamento, pessoas com melhores condições” do que aquelas que ela tem para “dar voz ao partido”.
Para Mortágua, “a esquerda em geral — e o Bloco em particular — atravessa um período difícil e não é só no nosso país”, mas termina com uma nota positiva de que “o Bloco tem a história, as ideias, a coerência e a militância” para enfrentar estes tempos e “para surpreender mais uma vez quem se assanha para atacar”. “Não temos medo e venceremos os novos fascistas e toda a opressão com a força da ideia socialista. Serei parte desse caminho, como sou há quase vinte anos”, termina.
Ainda na tarde deste sábado, Mariana Mortágua fará uma conferência de imprensa para explicar de viva voz esta decisão. A Convenção do Bloco de Esquerda que irá eleger uma nova liderança está marcada para o fim de Novembro.
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