
“Tenho um cão, o Gorgeous. É um Rough Collie e tem três anos. Conheci-o através de um amigo que me disse que uns conhecidos dele queriam dar o cão, pois iram sair de Portugal e não tinham como o levar. Na altura fiquei a pensar e fui pesquisar sobre a raça, porque os meus filhos já me tinham pedido um cão e aqui a minha preocupação era se ele iria ser meigo com o Bernardo (que tem trissomia 21 e autismo).
Depois de pesquisar, percebi que era uma raça óptima para lidar com crianças e foi aí que o fui buscar. O Gorgeous na verdade vinha muito maltratado, o pêlo dele estava cheio de nós e tinha uma infecção. Mas veio logo para cima de mim e nem olhou para trás.
Adaptou-se bem, apesar de, com quase um ano, ainda fazer as necessidades em casa, uma vez que não estava habituado a passear. Foi um processo.
Esta raça é muito inteligente e tem muita energia também. Ele gosta de dormir em cima da minha cama ou na porta do meu quarto. Não posso fechar a porta porque ele começa a ladrar. Quer estar sempre ao pé de nós e quando eu chego a casa ele só tem olhos para mim (risos). A Lu fica chateada porque diz que ele quer estar sempre ao pé de mim. Isto deve-se ao facto de ter sido eu a ir buscá-lo então parece que me vê como o “salvador” da vida que ele tinha. Ter um cão é como ter outro filho, basicamente.
Em relação aos miúdos, acho que lhes dá um sentido maior de responsabilidade. Dar comida, água, irmos passear, brincar, escovar o pêlo. Tudo isso mostra que é importante cuidar e ser responsável por outro ser vivo.
Toda a gente diz que os animais são os nossos melhores amigos e é bem verdade.
Se eu estiver num dia “não” o Gorgeous sente logo e deita-se ao meu lado com a cabeça sobre o meu braço. Eles sentem e isso é maravilhoso. Faz-me muita confusão como há pessoas que maltratam animais ou os abandonam, quando no fundo eles só nos querem dar amor e, também, receber.
Já tive muitos animais. Em Castelo Branco eu tinha gatos, periquitos, porcos da índia, hamsters, tartarugas. A minha mãe tinha um cágado no salão dela que viveu durante muitos anos. E desde que me mudei para Lisboa já tive dois cães.
Tenham um animal, vai ser uma excelente decisão. Mas sejam responsáveis. Cuidar de um animal, em especial de um cão, é uma responsabilidade e é, por vezes, difícil. Quando chove, é preciso passeá-los na mesma, às vezes queremos jantar fora, mas temos de ir a casa primeiro para levá-los à rua. É um compromisso e não deve ser levado de ânimo leve.
Acho que, com três filhos, dois deles adolescentes, e um cão, já fechei a loja.”
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