“O negacionismo evoluiu para o cepticismo estratégico” e está a atrasar a acção climática

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A maior barreira à acção climática é a desinformação que actualmente se concentra menos em negar as mudanças climáticas e mais em desacreditar soluções propostas, alerta um relatório do Painel Internacional sobre o Ambiente da Informação (IPIE).

“O negacionismo evoluiu para o cepticismo estratégico: as campanhas agora concentram-se menos em negar as mudanças climáticas e mais em desacreditar a sua eficácia, os custos ou a justiça das soluções propostas”, refere a informação divulgada.

O IPIE alerta que, nesta matéria, a desinformação é direccionada e intencional, uma vez que “líderes, políticos, funcionários públicos e agências reguladoras são os principais alvos nos esforços para atrasar a política climática.”

Desinformação online compromete o planeta

Para o presidente do painel, Klaus Bruhn Jensen, em causa está “um ambiente de informação que foi deliberadamente distorcido.”

“Quando corporações, governos e plataformas de media obscurecem as realidades climáticas, o resultado é a paralisia”, afirma Jansen, citado no relatório. “Enfrentar a emergência climática exige não apenas uma reforma política, mas um acerto de contas inabalável com sistemas que espalham e sustentam falsidades.”

Desta forma, o IPIE salienta que o sucesso da acção climática depende tanto da integridade do ambiente da informação quanto da inovação tecnológica e das metas políticas. “Sem enfrentar a desinformação, o progresso permanecerá estagnado”, lê-se no relatório.

Os últimos relatórios citados pela organização comprovam que as “empresas de combustíveis fósseis, alinhadas com interesses políticos, passaram da negação total para campanhas mais sofisticadas que semeiam dúvidas sobre soluções climáticas.”

Narrativas enganadoras

São os bots (contas automatizadas) e trolls (contas online associadas a pessoas que intencionalmente propagam desinformação) os motores que amplificam a desinformação em grande escala.

“Actores automatizados e coordenados desempenham um papel central na promoção de narrativas enganadoras”, refere a organização.

As comunidades marginalizadas e sub-representadas são os grupos considerados pela organização como vulneráveis à desinformação devido a desigualdades estruturais e algoritmos de segmentação, pois recebem informações distorcidas com maior frequência.

O IPIE é uma organização científica independente e global que fornece conhecimento científico sobre a saúde do ambiente da informação mundial.

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