Quem é Rama Duwaji, a ilustradora, activista e agora “primeira-dama” de Nova Iorque?

0
1

Pela primeira vez, Nova Iorque vai ter uma “primeira-dama” da geração Z. Rama Duwaji, a esposa de Zohran Mamdani, tem 28 anos, é designer, ilustradora e activista, e subiu ao palco na noite de vitória do marido, deixando o mundo de olhos postos no casal (e a partilhar as fotos do casamento pelas redes sociais).

Nascida em Houston, no Texas, e filha de pais sírios, Rama mudou-se com a família para o Dubai quando tinha ainda nove anos. Estudou Artes e fez um mestrado em ilustração visual já de volta a Nova Iorque: as suas ilustrações foram publicadas em revistas e jornais como The New Yorker, Vogue ou BBC.

Foi em 2021, na aplicação de encontros Hinge, que Rama e Zohran se conheceram. Mamdani tinha sido eleito há pouco tempo deputado para a assembleia estadual quando se encontraram pela primeira vez num café iemenita​, em Brooklyn. Em Outubro de 2024 — dias antes de Mamdani anunciar que iria concorrer a presidente da câmara , ficaram noivos. “Rama não é apenas a minha mulher, é uma artista incrível que merece ser conhecida por si própria”, escreveu no Instagram.

De acordo com a CNN, Rama foi a responsável pela imagem da campanha, tendo trabalhado na iconografia e fonte amarela e vermelha dos cartazes. Mas o seu trabalho vai além desta campanha: no seu traço característico a preto e branco, toca em temas como os direitos das mulheres no Médio Oriente ou a guerra em Gaza (tema em que se alinha com as posições do marido, que descreveu os ataques israelitas como “um genocídio”). Também demonstrou apoio a Mahmoud Khalil, um estudante da Universidade de Columbia que a Administração Trump está a tentar deportar por acusações de anti-semitismo.

Em entrevista ao site Yung, em Abril último, Rama referiu que “as coisas estão más em Nova Iorque”: “Preocupo-me com os meus amigos e família. A minha arte é um reflexo do que acontece à minha volta, mas actualmente parece-me que, mais útil que o meu papel enquanto artista, é o meu papel enquanto cidadã. Com tantas pessoas a serem empurradas para o silêncio por medo, o que posso fazer é usar a minha voz para falar sobre o que está a acontecer nos EUA, na Palestina ou na Síria, o máximo que puder”, disse.

A artista defendeu ainda que “todos têm a responsabilidade de se insurgir contra a injustiça”: “Não acho que todos tenham de fazer trabalho político, mas a arte é inerentemente política na forma como é feita, criada e partilhada. Até a criação de arte como um refúgio é algo político.”

Apesar do seu papel discreto ao longo da campanha e a nível mediático (não há aparições da activista na comunicação social e a CNN refere que Rama recusou um convite para uma entrevista), é a ela que dão crédito pela sensibilidade criativa e estratégica da comunicação do primeiro mayor imigrante e muçulmano nos EUA.

Depois da eleição, a sua popularidade cresceu nas redes sociais — e estendeu-se além delas. Ao New York Times, um amigo do casal defendeu que Rama “é a Princesa Diana dos nossos dias”.

Disclaimer : This story is auto aggregated by a computer programme and has not been created or edited by DOWNTHENEWS. Publisher: feeds.feedburner.com