Sousa Real garante que PAN cumpriu a lei e admite que partido apoie candidato presidencial

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Inês Sousa Real entrou neste sábado no congresso do PAN com uma lista opositora para enfrentar, mas que não se fez representar no congresso. Com a demissão do coordenador do conselho de jurisdição nacional, conhecida esta sexta-feira, a manchar o encontro, a porta-voz do PAN afastou as críticas de que a direcção cometeu “ilegalidades” e acusou Carolina Pia, opositora interna, de “imaturidade”.

Na linha das críticas dos opositores internos, o coordenador do conselho de jurisdição nacional, Jorge Silva, enviou uma carta de demissão à direcção a insurgir-se contra o regulamento do congresso, que acusa de conter “irregularidades graves” e excluir militantes, nomeadamente, por impedir a eleição de delegados de estruturas sem comissão política.

Falando aos jornalistas à entrada de um auditório meio vazio, na Coimbra Business School, a líder do PAN considerou que os argumentos do ex-coordenador do conselho de jurisdição nacional “não têm qualquer respaldo do ponto de vista estatutário ou regulamentar”, assinalando que o órgão “deliberou por maioria” sobre o regulamento do congresso.

“Em democracia, temos de respeitar as maiorias que se formam e não os interesses de quem procura obstaculizar o normal funcionamento dos órgãos”, destacou, sugerindo que Jorge Silva seguiu os interesses da lista opositora.

Garantindo que o partido “respeitou todas as normas estatutárias em vigor”, Sousa Real reiterou que não podia “convocar delegados para o congresso de estruturas que não existem”. E criticou ainda a lista opositora por não estar presente no congresso: “Acho de uma profunda imaturidade e falta de respeito para com todos os delegados”, disse, referindo-se a Carolina Pia, que encabeça a lista dos críticos.

Tentando ultrapassar as questões internas, Sousa Real focou a atenção no “futuro do PAN”, nomeadamente, na forma como o partido vai dar resposta às “dificuldades” na habitação, na saúde, dos jovens, dos animais, do ambiente ou dos “direitos digitais”. “É para isso que cá estamos, para trabalhar. Não estamos a brincar aos partidos políticos e é com muito sentido de responsabilidade, de missão, que renovamos esta candidatura e que trazemos até novas pessoas”, garantiu.

Questionada pelo PÚBLICO sobre se já decidiu que candidato presidencial vai apoiar, isto depois de o partido ter decidido não apoiar ninguém, a porta-voz do PAN não se pronuncia para já. Dizendo estar ainda a assistir aos debates presidenciais – que lamenta não se centrarem na violência doméstica ou na crise climática – para tomar uma posição, considera apenas que é necessário “ter um candidato vencedor do espectro democrático”.

Mas admite que o PAN possa vir a apoiar oficialmente um candidato para impedir a eventual eleição de André Ventura, prometendo levar a questão à próxima comissão política. “Não podemos permitir que a extrema-direita tome conta do poder no nosso país, seria um grave retrocesso”, declara.

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