Texas processa gigantes da TV por “espiarem” consumidores

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O procurador-geral do Texas, Ken Paxton, avançou com uma acção judicial contra cinco dos maiores fabricantes mundiais de televisores acusando-os de “espiarem os texanos, gravando secretamente o que os consumidores vêem dentro das suas próprias casas”.

As cinco empresas são a Sony, Samsung, LG, Hisense e TCL Technology Group Corporation (TCL). As duas últimas são sediadas na China.

“Estes laços chineses suscitam sérias preocupações quanto à recolha de dados dos consumidores e são exacerbados pela Lei de Segurança Nacional da China, que dá ao seu Governo a capacidade de deitar a mão aos dados dos consumidores dos EUA”, lê-se numa nota oficial publicada no site do procurador.

Tecnologia de reconhecimento automático de conteúdos

Segundo Ken Paxton, as empresas visadas têm estado a recolher ilegalmente dados pessoais dos utilizadores através da tecnologia de reconhecimento automático de conteúdos (ACR).

Esta tecnologia analisa dados visuais e de áudio para identificar o que as pessoas estão a ver na TV, incluindo programas e filmes em serviços de streaming e TV por cabo, vídeos do YouTube, discos Blu-ray e muito mais.

De acordo com o procurador, a ACR pode ainda “captar imagens do ecrã da televisão de um utilizador a cada 500 milissegundos, monitorizar a actividade de visualização em tempo real e transmitir essa informação à empresa sem o conhecimento ou consentimento do utilizador”.

Ken Paxton alega que, depois, estas empresas vendem a informação sobre os consumidores para direccionar anúncios em várias plataformas. “Esta tecnologia coloca em risco a privacidade e as informações sensíveis dos utilizadores, tais como palavras-passe, informações bancárias e outras informações pessoais”, acrescenta.

A Vizio, empresa norte-americana de televisores, que agora é propriedade da Walmart, multinacional norte-americana de retalho, pagou 2,2 milhões de dólares à Comissão Federal do Comércio e a Nova Jérsia em 2017 por alegações semelhantes relacionadas com a ACR, lembra o The Verge.

“Este comportamento é invasivo, enganador e ilegal. O direito fundamental à privacidade será protegido no Texas, porque possuir uma televisão não significa entregar as suas informações pessoais à Big Tech ou a adversários estrangeiros”, concluiu Ken Paxton.

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