Virgílio Lima continua presidente do Montepio, oposição consegue 35% da assembleia de representantes

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Não é surpresa, porque só havia um candidato: Virgílio Lima mantém-se presidente do Montepio Geral, associação mutualista com mais de 600 mil associados e em que cerca de 400 mil têm direito de voto. Só havia oposição para a assembleia de representantes, o miniparlamento da instituição, sendo que a oposição não conseguiu a maioria.

Para a administração, Virgílio Lima e a Lista A conseguiram 88,6% dos votos, segundo os resultados divulgados esta sexta-feira, 19 de Dezembro. Está a frente da associação, a maior do país, desde 2019, quando substituiu Tomás Correia, tendo sido eleito pela primeira vez em 2021, e agora reeleito.

Maria de Belém continua a ser a presidente da mesa da assembleia-geral, Victor Franco continua à frente do conselho fiscal. Houve 9,7% de votos brancos e 1,7% de votos nulos.

Na assembleia de representantes, a lista A, encabeçada por Vítor Melícias, já tinha concorrência: dos cerca de 40 mil votos (cerca de 10% dos associados com direito de voto), conseguiu alcançar 60,8%.

Já a lista B, que tinha em Tiago Mota Saraiva como cabeça de lista, falhou a maioria que pretendia, tendo obtido 35,9% dos votos. Aqui, houve 2,8% de votos brancos e 0,6% de nulos.

Em representantes, ficam 19 para 11. Até aqui, havia representantes de outras três listas concorrentes nesta assembleia, sendo que agora passam a estar todos concentrados na mesma lista, minoritária.

A assembleia de representantes é um miniparlamento que fiscaliza e acompanha os trabalhos da administração, sendo que continua a ser a lista incumbente a ter a maioria.

Pela frente, a oposição pretende trazer mais transparência para as decisões da assembleia, que acabou por enfraquecer as assembleias-gerais. Virgílio Lima admitiu que poderia discutir como tal poderá ser conseguido.

Já a alteração da política de remunerações também pode ser debatida, mas o actual presidente concorda com o racional que a compara com os salários na banca e nos seguros.

A ideia da oposição é aproveitar os próximos quatro anos para vir a formar nomes que em 2029 tenham capacidade de candidatar-se à administração.

No futuro, também, a administração de Virgílio Lima terá o trabalho de contribuir para a revisão do Código das Associações Mutualistas e da nova forma de supervisão, a ser trabalhada com a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). Depois disso, haverá uma revisão de estatutos.

Além das suas modalidades mutualistas – em que a habitação vai ganhar uma nova centralidade –, a associação mutualista Montepio Geral é dona do Banco Montepio e das seguradoras Lusitania e Lusitania Vida, bem como das residências sénior e de estudantes.

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